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Saneamento básico no Ceará: um retrato de desigualdades

O investimento dos governos em saneamento, apesar do Marco Legal, não acompanha a urgência do problema

Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Neste Dia Mundial da Água, o Ceará enfrenta um cenário preocupante em relação ao saneamento básico. Apesar do Marco Legal do Saneamento ter sido aprovado em 2020, com a meta de universalizar o acesso à água potável e ao tratamento de esgoto até 2033, o avanço no estado ainda é lento e desigual.

Dados do Instituto Trata Brasil, divulgados no último dia 20 de março, revelam que duas cidades cearenses estão entre as de pior cobertura de saneamento no país. No geral, cerca de 40% da população cearense tem acesso à coleta e tratamento de esgoto. Fortaleza apresenta números melhores que a média estadual, com 62,85% de cobertura de esgoto, mas ainda distante do ideal.

O investimento dos governos em saneamento, apesar do Marco Legal, não acompanha a urgência do problema. Em 2023, o investimento federal reduziu em relação ao ano anterior, demonstrando a falta de compromisso com a saúde pública e a qualidade de vida da população.

A situação no Norte e Nordeste é ainda mais crítica. Nenhuma cidade dessas regiões aparece no ranking das 20 melhores em saneamento básico, evidenciando a disparidade regional e a necessidade de políticas públicas direcionadas. É fundamental que o Governo do Estado do Ceará assuma um compromisso firme com a universalização do saneamento básico.

Ações como a aceleração dos investimentos, a busca por parcerias com o setor privado e a mobilização da sociedade civil são essenciais para garantir o direito à água potável e ao tratamento de esgoto para todos os cearenses. É hora de cobrar das autoridades investimentos consistentes para que o saneamento básico deixe de ser um sonho distante e se torne uma realidade para todos.

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