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Janela fechada

As maiores mudanças ocorreram para os que desejam vagas nos legislativos municipais

Foto: Reprodução

No Estado do Ceará apenas dois municípios têm em seus quadrantes territoriais eleições com dois turnos; Fortaleza e Caucaia. Uma força tarefa montada pelo Tribunal Regional Eleitoral – TRE, em Juazeiro do Norte, está em contagem avançada para ser o terceiro município com duas disputas no mesmo pleito e com os meus atores políticos em solo cearense.

O segundo turno nas eleições é uma etapa presente no sistema eleitoral brasileiro que é necessária em eleições do Executivo em que nenhum candidato obteve mais de 50% dos votos válidos. Essa etapa é válida somente para as eleições do Executivo e para os cargos de presidente, governador e prefeito em cidades com mais de 200 mil eleitores.

Pois bem. Enquanto não vem o segundo turno na terra do eterno prefeito de Juazeiro do Norte, Padre Cícero Romão Batista, no Ceará como um todo já aconteceu o primeiro turno das eleições. Explico. Para quem entende do riscado da peleja eleitoral, a primeira grande disputa para o pleito de outubro próximo se encerrou no último sábado (6).

Neste dia, foi o prazo final para a confirmação dos seis meses que determina a legislação quanto ao domicílio eleitoral daqueles que desejam colocar os seus nomes à análise da população de um município, igualmente, o último momento para a mudança de filiações às agremiações partidárias.

As maiores mudanças ocorreram para os que desejam vagas nos legislativos municipais. E alguns nomes que surgiram como surpresa nos últimos segundos e que irão disputar às prefeituras cearenses. Outros tantos permaneceram onde estavam, vetaram os ingressos de tantos quantos, bem como foram laçar em ruas e avenidas novos candidatos para fechar o temido quociente eleitoral.

No passado não muito distante, o Deputado Federal Mauro Filho – professor e economista -, nesse período era bastante procurado. Sua tarefa era fazer para os seus amigos e pares os cálculos possíveis de quantos parlamentares cada partido alcançaria. E ele acertava em todos os cenários.

Neste ano a janela partidária ainda escreveu definitivamente para a história política um novo capítulo, após o racha do PT e PDT, Ciro e Cid Gomes, doravante com maiores discussões acaloradas nos bastidores familiares e com extensão à Fortaleza, Caucaia, Iguatu e Juazeiro do Norte. Espíritos armados lá e cá com orações dantes silenciosas, saíram das mesas de cafés com natas e seguiram ao público, ao rádio e a TV, aos jornais e ao púlpito da Assembleia Legislativa, e às plenárias dos cafés das tardes.

Mas como diria um querido amigo jornalista e que fez o primário bem feito lá em Sobral, “Guardião do Théberge os tempos estão estranhos demais. Mas tenha calma, afinal quando o mundo fecha uma janela, Deus abre uma porta”.

Assiste toda razão.

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