Existem travessias longas e duradouras. Enfadonhas, calculadas, sensatas e, às vezes, complexas. O que se observa hoje pode virar um simples monturo mais adiante de decisões que poderiam ser simples, mas que não alcançarão seus objetivos.
Quando os desejos de muitos, para uma mesma função, são debatidos à exaustão e não encontram uma parada obrigatória para formação de um projeto comum de todos, uns ganham, outros perdem.
O Senado da República para alguns é um céu na vida terrena, pois além de grande representação política local e internacional, os protagonistas na maioria são ex-governadores, homens experientes e testados em outros cargos, sejam no campo administrativo ou político.
Pois bem. Teremos duas vagas ao Senado em outubro próximo para preenchimento em todos os estados da federação, que pisarão nos tapetes azuis.
No Ceará muitos querem, poucos chegarão lá, embora após a eleição do senador Eduardo Girão toda zebra pode ser levada em consideração, nem que seja ao papel de nos levar à uma vergonha alheia das piores.
Eunício Oliveira deseja retornar à casa que o fez presidente; Eduardo Girão deseja ficar. Guimarães quer entrar; Chiquinho Feitosa gostou dos sucos e bolachas servidos; e o senador Cid Gomes pelas andanças nos corredores do Ceará, está em dúvidas se deseja permanecer ou assumir novamente o Palácio da Abolição.
Chiquinho Feitosa, por sinal, reuniu hoje muita gente em sua fazenda, a Boísa, para que estes se apresentem às eleições de 2024. Ao passo que, igualmente, junto deles se lançou candidato ao Senado.
Não deseja ele mais ser suplente e ter que permanecer esperando um favor de licença no meio das pedras e dos caminhos.
Vai ter muita luta em 2026.
