Clenilson Ferreira de Brito, o ‘Del’, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Ceará após ser preso em flagrante. Ele é investigado como um dos participantes da tentativa de chacina que deixou uma mulher de 48 anos e uma criança de 10 anos mortas, além de outras oito crianças e adolescentes baleadas. A informação é do Diário do Nordeste.
Conforme a decisão judicial, Clenilson é apontado como ‘matador’ da facção Massa Carcerária. Ele estava preso até o início de 2024, mas foi libertado.
Após ser preso por suspeita de participação na tentativa de chacina, ele foi ouvido na delegacia e negou ser faccionado. Ele ainda disse que no momento do crime da última sexta-feira, 21, estava com uma mulher no Bairro Parque Iracema.
Populares ouvidos sigilosamente pela Polícia Civil afirmaram que “Clenilson Ferreira de Brito é integrante da Massa Carcerária e, após ser liberado da prisão (fato ocorrido em data recente), passou a frequentar o bairro durante a madrugada, efetuando disparos e aterrorizando os moradores, sendo, ainda, apontado como autor de outros homicídios e tentativas de homicídios, todos motivados por rivalidade entre facções criminosas”.
Ainda de acordo com outra testemunha: “Integrantes da Massa Carcerária teriam publicado no aplicativo Telegram que ‘iriam matar cidadãos e crianças’ do Bairro Jardim Violeta”.
O Ministério Público do Ceará (MPCE) foi a favor da conversão para a prisão preventiva. Na decisão, o juiz da 17ª Vara Criminal disse que estão presentes os índices “de autoria e a materialidade do crime de integrar organização criminosa armada” e que ‘Del’ “foi preso por ser, em tese, integrante da Massa Carcerária exercendo função de matador na mencionada organização criminosa”.
“Os fatos relatados no procedimento policial são de extrema gravidade, pois o autuado e seus comparsas, supostamente integrantes da Massa Carcerária, teriam praticado dois homicídios e oito tentativas de homicídio em um mesmo contexto fático, tendo as vítimas fatais (uma mulher e uma criança de dez anos de idade) sido assassinadas com diversos tiros, inclusive nas costas (a mulher) e na cabeça (o menino), devendo ser consignado que entre os sobreviventes há quatro crianças (com idades entre 8 e 11 anos) e quatro adolescentes (com idades entre 14 e 16 anos)”, destacou o juiz.
