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Dermatologia do paciente com tatuagem e skincare na infância estão entre temas abordados em evento da Sociedade Brasileira de Dermatologia

O evento contou com a participação de aproximadamente dois mil médicos dermatologistas que se reuniram em São Paulo

Foto: Keyla Nunes

A 16ª edição do Teraderm, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), contou com a participação de aproximadamente dois mil médicos dermatologistas que se reuniram em São Paulo, no último final de semana, onde abordaram temas voltados para a dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica.

“O evento, tradição anual, reuniu médicos dermatologistas de todo o Brasil que buscam por capacitação no tratamento de seus pacientes, além de aprimoramento das técnicas voltadas para a estética”, explica dr. John Verrinder Veasey, um dos coordenadores do Teraderm.

Mais de 130 especialistas, entre coordenadores e palestrantes, deram em torno de 30 aulas, entre elas, a “Dermatologia do paciente com tatuagem”. Para a coordenadora da sessão, Rosana Lazzarini, muitos pacientes nem imaginam a profunda relação entre os temas. “Os pacientes que possuem vitiligo e psoríase, por exemplo, ao se tatuarem, podem desencadear as doenças ou piorá-las. Indivíduos que possuem muitas pintas também precisam de uma avaliação prévia com um dermatologista. As pintas precisam de acompanhamento e a tatuagem pode dificultar a análise, especificamente quando a tinta ou o traço é aplicado sobre elas”, explica Rosana Lazzarini.

O bloco também abordou as reações precoces que podem ocorrer na região tatuada. Caso os cuidados não sejam adequados no momento do procedimento, o paciente pode ter infecção por bactéria, além das reações tardias, como, por exemplo, formação de queloides e até mesmo processos inflamatórios. “As reações agudas como a inflamação inicial pela tinta podem ser tratadas com medicamentos tópicos e as infecções com o uso de antibióticos. Já reações crônicas podem exigir condutas mais complexas, como biópsias da lesão para definir a origem do problema”, completa Lazarini.

Outro bloco do evento foi o “Skincare e a maquiagem na infância: o que pode e o que não pode?”, coordenado pela dra. Carolina Gonçalves Contin Proença. Ela destaca que as mídias sociais mostram rotinas exageradas de skincare para crianças, com produtos não indicados, além de tutoriais de maquiagens. “O uso de maquiagem deve ser feito apenas com produtos infantis para o momento de brincadeira e festas a fantasia, mas não como apelo de beleza. Os produtos podem ser prejudiciais tanto para a pele, causando dermatite de contato, como também alteração no eixo hormonal”, diz.

Segundo a especialista, as recomendações de skincare para crianças devem contemplar apenas orientações de banho – breve, com água morna e sabonetes adequados. “Pode ser feito o uso de creme hidratante para pele ressecada ou sensível, além de fotoproteção com roupas e filtros solares indicados. Também há orientações de como prevenir de picadas de inseto, além de bons hábitos alimentares”, explica Carolina.

Ao longo dos blocos os médicos dermatologistas participantes puderam contribuir com as suas experiências, o que foi um grande diferencial. “Sempre buscamos promover a maior participação e interação possível dos médicos participantes. Essa é a essência da nossa Sociedade, afinal, acreditamos que só dessa forma é possível encontrar melhores perspectivas de tratamentos que gere qualidade de vida ao paciente”, diz Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.

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