Nesta quinta-feira, 25, seis homens e uma mulher foram presos no Ceará, no Maranhão e no Rio de Janeiro, suspeitos de integrar grupo criminosos que fraudava benefícios do programa Ceará Sem Fome, do Governo do Ceará. Itens de valor também foram apreendidos na operação, denominada Klapaucius.
De acordo com autoridades de segurança do Ceará, os suspeitos conseguiam cartões do benefício do Ceará Sem Fome que estavam fora da validade. A ação era executada, muitas vezes, pelas redes sociais. Eles conseguiam os objetos, por cerca de R$ 50, e diziam para os ex-beneficiários que os itens seriam utilizados para produzir artesanato.
Após obter os cartões, uma quadrilha de hackers do Rio de Janeiro invadia o sistema da empresa que gerenciava o benefício para a Secretaria de Proteção Social (SPS) do Ceará e deixava os documentos ativos novamente, com valores entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, saldo que era utilizado para gastar em supermercados e na compra de eletrodomésticos em atacarejos.
Depois de comprar os produtos, o grupo criminoso revendia em um esquema de lavagem de dinheiro ou os enviava para o Rio de Janeiro em caminhões.
O golpe, de acordo com estimativa, pode ter chegado a R$ 1 milhão. No entanto, a Polícia Civil afirmou que não houve prejuízo ao Governo do Ceará, já que o dinheiro “não existia”. A empresa que administra o benefício do Ceará Sem Fome e as lojas que venderam os produtos é que devem ficar no prejuízo.
“O programa que foi invadido não foi do Governo do Estado. O programa que foi invadido foi o da empresa, que nos procurou”, disse o secretário-executivo da SPS, Sandro Camilo Carvalho.
Com os sete suspeitos, as polícias apreenderam cinco automóveis, sete celulares e um computador. Dos sete presos, um foi capturado no Maranhão, outro, de 32 anos, foi preso no Rio de Janeiro e cinco foram pegos no Ceará, sendo:
- Um homem de 44 anos, sem antecedentes criminais;
- Uma mulher de 33 anos, sem antecedentes criminais.
- Um homem de 31 anos com passagem por homicídio;
- Um homem de 26 anos com passagem por roubo a pessoa;
- Um homem de 24 anos com passagem por crime contra a administração pública.
Os criminosos devem responder pelos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo de informática e furto qualificado.
