Todos sabem que hábitos saudáveis costumam ser a principal medida praticada por pessoas que buscam manter a qualidade de vida. Um desses hábitos é visitar o médico. Para celebrar o Dia do Cardiologista, comemorado nesta quarta-feira, 14, é de fundamental importância abordar os cuidados com o coração e a necessidade de consultar um cardiologista.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a consulta a um cardiologista pode prevenir o surgimento de doenças no coração, identificando e tratando os fatores de risco. Além disso, uma avaliação médica regular possibilita o diagnóstico precoce de um problema cardíaco, elevando as chances de cura.
Ulysses Vieira, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Ceará (SBC-CE), orienta que a população procure por especialistas habilitados, que possuam Registro de Qualificação de Especialista (RQE), facilmente consultado no site do Conselho Federal de Medicina (CFM). “É indispensável uma avaliação realizada por profissionais habilitados”, reforça.
Todos devem fazer exames preventivos do coração. No entanto, homens com mais de 45 anos e mulheres na pós-menopausa devem ter um cuidado especial. Pessoas que têm histórico familiar de infarto, hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes ou obesidade também são grupos de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Quando a consulta acontece com frequência, dificilmente uma disfunção passa despercebida. Isso porque o paciente é analisado de forma individual, conforme sua idade, histórico familiar, sintomas e fatores de risco. A Sociedade Brasileira de Cardiologia CE (SBC-CE) alerta para as principais condições que influenciam o aparecimento de doenças cardíacas e que, portanto, devem ser avaliadas pelo especialista: obesidade; sedentarismo; tabagismo; colesterol alto; hipertensão; diabetes; estresse; distúrbios endócrinos, infecciosos e nos rins.
Quando o paciente possui um ou mais dos problemas acima e se consulta com um cardiologista periodicamente, o médico pode orientá-lo sobre mudanças de hábito necessárias, assim como acompanhar sua evolução. Nas consultas de rotina, é possível realizar diversos exames visando a detecção de disfunções. Os mais comuns são:
Eletrocardiograma: tem como objetivo observar o ritmo do coração, se há distúrbios na condução elétrica, alguma sobrecarga ou alteração no funcionamento do órgão.
Teste ergométrico ou de esforço: analisa o desempenho cardiovascular em momentos de esforço físico. É fundamental, portanto, para pessoas que fazem ou pretendem fazer atividades físicas. Nem sempre os resultados são conclusivos sobre a existência de alguma anormalidade, mas o teste pode levar o médico a ampliar a investigação.
Ecocardiograma: é uma ultrassonografia que avalia o tamanho do coração, a espessura de suas paredes, o quanto de sangue é bombeado, o movimento das válvulas cardíacas.
Radiografia de tórax: além da avaliação pulmonar, observa-se se há um aumento cardíaco e alongamento da aorta.
Testes laboratoriais: os exames de sangue mais frequentes são os de colesterol, triglicérides e glicemia, mas outros podem ser solicitados conforme o histórico do paciente.
Com o check-up preventivo, é possível evitar ou tratar precocemente várias doenças no coração. Um exemplo que leva à morte de milhões de pessoas todos os anos é o infarto agudo do miocárdio, também chamado de ataque cardíaco. Trata-se de uma obstrução na artéria coronária que bloqueia a passagem do sangue para o músculo cardíaco.
A insuficiência cardíaca é outro problema que pode ser prevenido com a consulta a um cardiologista. Ela costuma desenvolver-se devido a outras condições, como hipertensão e disfunções vasculares, e caracteriza-se por não conseguir bombear o sangue adequadamente para outros órgãos.
O check-up cardiológico de rotina possui um papel duplo: além de prevenir disfunções, possibilita que um distúrbio seja identificado de maneira precoce, aumentando as chances de cura. As doenças no coração podem comprometer a qualidade de vida.