Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com outras instituições, desenvolveram novos quimioterápicos para combater tumores. Essas moléculas são oriundas dos ipês brasileiros, a partir da descoberta de que nessas plantas há compostos que podem combater tumores.
Os anos de pesquisa mostraram que essas moléculas isoladas na natureza possuem algumas limitações que comprometem uma ação mais poderosa no combate ao câncer, em especial o fato de atacarem tanto células cancerígenas quanto saudáveis.
Com o desenvolvimento dos novos compostos quimioterápicos, os pesquisadores analisam o potencial em superar as limitações encontradas na natureza.
Nos testes já aplicados, as novas moléculas sintetizadas em laboratório apresentaram uma ação não só mais potente contra o câncer como garantiram o que os cientistas chamam de uma maior seletividade. Isso significa que esses compostos possuem um potencial de atacar prevalentemente as células cancerígenas, preservando as células normais do organismo.
“Os testes realizados até o momento foram in vitro. Ainda precisamos partir para os testes em modelos animais e em pessoas. Se os resultados forem promissores, será possível desenvolver um novo protótipo de fármaco para tratamento contra o câncer com menos efeitos colaterais para os pacientes”, explica a professora do Departamento de Fisiologia e Farmacologia Cláudia do Ó Pessoa, uma das responsáveis pelo invento.
Os estudos seguem avançando e, conforme a pesquisadora, estão mirando em novas estratégias para o combate ao câncer de próstata, de ovário e de mama.