Durante o período eleitoral, testemunhamos uma verdadeira gama de espetáculos nas redes sociais, nos palanques e no nosso cotidiano, especialmente por parte dos candidatos.
As chamadas “pérolas” eleitorais surgem dos discursos, debates e discussões entre candidatos e, em alguns casos, seus eleitores.
Em Fortaleza, o candidato à prefeitura, George Lima, ao confrontar o deputado André Fernandes, fez a seguinte declaração:
– “Chupa aqui pra ver se sai leite.”
Em Iguatu, o candidato Roberto Filho, em uma entrevista sobre questões relacionadas à causa animal, afirmou que os “cachorros se engancham” e que a única forma de separá-los seria “jogando pedra neles”. Essa declaração gerou grande polêmica.
Esses episódios são apenas alguns exemplos de como as disputas eleitorais podem se transformar em um verdadeiro show de danças, memes e vídeos, enquanto o debate construtivo fica em segundo plano.
Em Icó, nossa terra, não é diferente. Um candidato a vereador afirma ser “ficha limpa”, mas, ao analisar seu currículo, é fácil perceber que a “ficha” é, na verdade, muito limpa. Nunca trabalhou no serviço público ou privado e sequer tem uma profissão definida. Como, então, teria a ficha suja? É impossível.
Outros alegam que o povo precisa de liberdade e de se libertar da opressão, mas são os mesmos que utilizam as redes sociais incessantemente para atacar seus oponentes.
Mais liberdade do que isso?
A liberdade de expressão é um direito garantido pela Constituição. No entanto, todos devem enfrentar as consequências de seus excessos, agressões morais, palavras ofensivas, calúnias, difamações e injúrias.
Se não aprenderam com os resultados passados, é difícil que entendam as lições do presente.
