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Entenda o processo por trás de uma pesquisa eleitoral e confira quais serão divulgadas no Ceará na reta final para o 1º turno

Essa ferramenta de opinião pública, usada por institutos ou entidades que fazem os levantamentos, verifica a preferência da eleitora ou do eleitor nos meses que antecedem uma eleição

Foto: Divulgação/TRE-SC

Iniciada a campanha eleitoral, um dos principais fatores que inflamam eleitores, movimentam candidatos e causam grande discussão são as pesquisas de intenções de voto, ou somente pesquisas eleitorais. Elas ganham destaque na mídia e são amplamente divulgadas. Mas você sabe do que se trata, de fato, uma pesquisa?

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) classifica pesquisa eleitoral como indagação feita à eleitora ou ao eleitor, em um determinado momento, a respeito das candidatas e dos candidatos que podem disputar ou já concorrem em uma eleição. A definição está presente no Glossário Eleitoral.

Basicamente, essa ferramenta de opinião pública, usada por institutos ou entidades que fazem os levantamentos, verifica a preferência da eleitora ou do eleitor nos meses que antecedem uma eleição.

Nesta semana, por exemplo, serão divulgadas pesquisas de diversos institutos para várias cidades do Ceará, sobre a disputa pela prefeitura de cada uma delas.

Confira quais municípios possuem levantamentos registrados nos dias 28 e 29 de setembro:

  • Fortaleza (5)
  • Barbalha (2)
  • Graça (2)
  • Hidrolândia (2)
  • Itapajé (2)
  • Jati (2)
  • Juazeiro do Norte (2)
  • Milagres (2)
  • Morada Nova (2)
  • Sobral (2)
  • Aracati
  • Camocim
  • Cascavel
  • Caririaçu
  • Caucaia
  • Crateús
  • Farias Brito
  • Forquilha
  • Ibiapina
  • Independência
  • Ipu
  • Itapiúna
  • Massapê
  • Missão Velha
  • Pacajus
  • Pacoti
  • Pentecoste
  • Piquet Carneiro
  • Poranga
  • Salitre
  • Senador Pompeu

Esses levantamentos retratam o momento e os institutos utilizam questionários que trazem perguntas sobre o perfil do entrevistado (gênero, escolaridade, religião, renda), rejeição dos candidatos que disputam a eleição naquele ano, avaliação de governo, decisão do voto, entre outras. Cada instituto de pesquisa decide sua metodologia, portanto, as perguntas podem variar.

No entanto, não é possível entrevistar os mais de 155 milhões de eleitores brasileiros para fazer uma pesquisa de intenções de voto (no caso, uma eleição nacional). Por isso, os institutos fazem as pesquisas por amostragem. Essa amostra é o grupo de pessoas que é entrevistado. Para selecionar os entrevistados são utilizados critérios técnicos, a fim de representar a população como um todo.

Para selecionar o grupo de eleitores a serem entrevistados, bem como a quantidade, é feito um cálculo que considera diversas questões, como o nível de precisão e o detalhamento desejados, bem como os recursos e o tempo disponível para fazer a pesquisa. Assim, o intuito é fazer o menor número de entrevistas possível para que a precisão pretendida (eficiência) seja atendida.

Selecionado o grupo de amostra, agora é fazer a pesquisa. E como esse processo ocorre? Pode ser tanto presencial como por telefone. Caso seja presencial, os entrevistadores abordam as pessoas em casa ou nas ruas, mas nunca podem escolher previamente quem será entrevistado, e nem o entrevistado pode se oferecer para dar entrevista. O intuito, com essa regra, é garantir, entre outros critérios técnicos, que o eleitor não será influenciado na hora da resposta.

Quando as pesquisas são divulgadas, aparecem dois termos principais: margem de erro e nível de confiança. O primeiro é basicamente uma variação indicando que os dados podem oscilar para mais ou para menos. A margem de erro existe em toda pesquisa que utiliza uma amostra. Caso fossem entrevistados todos os eleitores de uma cidade, por exemplo, ela não seria necessária.

Esses erros decorrem aleatoriamente do processo de seleção da amostra, pois mesmo que os institutos utilizem critérios científicos para definir a amostra, ainda existe uma chance de que parte dos resultados não corresponda exatamente àqueles da população que está sendo representada.

Já o nível de confiança se refere ao número de vezes em que a pesquisa dará um resultado semelhante se ela for repetida.

Ou seja, se o nível de confiança de um levantamento for 95%, isso significa que se 100 amostras forem tiradas da população considerando o mesmo modelo amostral, em 95 delas o índice de um candidato estará dentro do intervalo considerado da margem de erro.

Um exemplo: Uma pesquisa apontou que o candidato A tem 27% das intenções de voto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. Isso significa que a pontuação do candidato pode oscilar de 25% a 29%, ou seja, dentro da margem de erro. E, com esse nível de confiança, se forem tiradas 100 amostras da população, considerando o mesmo modelo utilizado na pesquisa, em 95 delas o candidato A estará dentro do intervalo apontado na margem de erro, ou seja, entre 25% e 29%.

E quem pode pagar e/ou contratar uma pesquisa? Qualquer pessoa física ou empresas e entidades.

Nesse caso, quem contratou é obrigado a registrar a pesquisa (a partir de 1º de janeiro do ano do pleito) no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle) da Justiça Eleitoral até cinco dias antes da divulgação. A norma consta do artigo 33 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997).

Registrada a pesquisa, é gerado um número, que é informado sempre que o levantamento é divulgado, para que possa ser encontrado no site da Justiça Eleitoral.

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