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Domínio digital de Marçal vira trunfo com eleição sem TV na reta final

A propaganda política chegou ao fim nessa quinta-feira, 3. Até domingo, 6, não haverá horário eleitoral, e os candidatos ficam proibidos de fazer publicações patrocinadas na internet

Foto: Metrópoles

Nos últimos dias antes do primeiro turno, o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, aposta em seu alcance orgânico nas redes sociais para garantir o avanço à segunda etapa do pleito.

A propaganda política chegou ao fim nessa quinta-feira, 3. Até domingo, 6, não haverá horário eleitoral, e os candidatos ficam proibidos de fazer publicações patrocinadas na internet. Eles terão que concentrar seus esforços nas agendas de rua e em postagens sem impulsionamento.

Com 5,5 milhões de seguidores no Instagram, Marçal possui um perfil com mais que seus três principais adversários somados. Ricardo Nunes (MDB) tem 1 milhão; Guilherme Boulos (Psol), 2,3 milhões; e Tabata Amaral (PSB), 1,7 milhão.

Sem direito a tempo de televisão, Marçal tem feito um “horário político próprio” em lives no seu perfil. Nas transmissões, o candidato divulga trechos de entrevistas antigas, vídeos de eventos de campanha e gravações pedindo votos para aliados. A estratégia deve continuar sendo explorada até o dia da eleição.

Nessa quarta-feira, 2, Marçal não teve eventos públicos de campanha. Segundo sua assessoria, ele passou o dia fazendo novas gravações e reuniões fechadas. A expectativa é que ele tenha produzido um arsenal de vídeos para disparar em suas redes entre sexta-feira e domingo.

Adversários do influenciador estão preocupados para lidar com a “avalanche” de Marçal na internet.

Nunes, que possui cerca de 60% do tempo de televisão, teme que os dois dias em que Marçal terá vantagem nas redes sejam suficientes para que ele tire a diferença. Aliados do prefeito acreditam que o influenciador tem uma grande carta na manga nesta reta final e temem que não haja tempo para rebater uma eventual nova acusação.

Ciente da vantagem de Marçal nas redes, Boulos aposta nas agendas de rua para garantir sua ida ao segundo turno. No sábado, 5, ele participa de uma caminhada pela Avenida Paulista, na região central de São Paulo, ao lado o presidente Lula (PT).

O petista tem sido criticado por aliados da esquerda pela sua ausência na campanha eleitoral de Boulos, a quem declarou apoio após acordo na eleição de 2022, quando recebeu o apoio do psolista.

Com informações do Metrópoles

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