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Fiador da única vitória do PT em capitais, Camilo Santana ganha mais força e vira super estrela no partido

O ex-governador, senador e ministro da educação entrou de cabeça na campanha de Evandro Leitão, pegou para si a luta da candidatura do partido, elegeu o nome que defendeu e foi fiador na eleição mais apertada da história da cidade e se firma como um dos nomes mais fortes do PT na sucessão de Lula

Foto: Divulgação

O Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula, conseguiu estancar as quedas que ocorriam desde o início da Lava-Jato no número de prefeituras governadas. Depois de um 2020 trágico, onde a legenda elegeu pouco mais de 180 prefeitos e nenhum governante em capitais, o PT volta a patamares de 2016. O partido disputou ainda o segundo turno em cidades importantes e, como cabeça de chapa em quatro capitais: Fortaleza, Natal, Cuiabá e Porto Alegre. Dessas, apenas a capital cearense deu voto vitorioso para a legenda de Lula mas, acima do próprio candidato Evandro leitão, um outro nome sai com uma grande vitória do pleito: Camilo Santana.

Camilo, ex-governador cearense que se destacou como articulador político a cada eleição que disputou, chegou ao Senado Federal em 2022 com votação recorde. Foi convidado por Lula para ser seu ministro da Educação e foi, para muitos, o principal “fiador” da escolha do nome de Leitão para a disputa na capital do estado. Mesmo com uma disputa interna, travada nas instâncias democráticas partidárias, a petista histórica e ex-prefeita de Fortaleza, deputada Luizianne Lins, não foi escolhida pela sigla para a disputa e, de forma velada, parcela a culpa para Santana -de quem nunca foi tão próxima.

Em uma eleição disputada entre nomes fortes – o sempre candidato Capitão Wagner; o atual prefeito da capital, Sarto e o ascendente nome da extrema-direita bolsonarista, André Fernandes, com pesquisas indicando empates quádruplos na margem de erro, Leitão e André herdaram votos úteis e foram para o segundo turno. A cidade sofreu uma cisão, e todos os institutos confiáveis apontavam empate quando Camilo, que já havia participado de forma ativa da campanha no primeiro turno, entrou de cabeça na campanha de Evandro na reta final. O ministro pegou para si a luta da candidatura do partido e conseguiu, no último dia 27, eleger o nome que defendeu, sendo na visão política de muitos, o ‘fiel da balança’ na eleição mais apertada da história da cidade -menos de onze mil votos em um universo de mais de 1,5 milhão de eleitores separaram a vitória de Evandro da derrota de André.

Tendo sido, em diversos aspectos, o nome mais importante – superando o do governador Elmano na atuação e articulação da campanha na cidade – para a eleição do único prefeito eleito do PT em capitais nas eleições de 2024, Camilo se (rea)firma como um dos nomes mais fortes do partido e foi alçado a super estrela na sigla. Sua opinião, ideias e grupo político passam a ter mais peso na legenda que enfrentará, em 2025, uma nova eleição: a de suas direções internas, incluindo o Diretório Nacional. Camilo desponta ainda como nome forte na sucessão do presidente Lula que, mesmo com a sintonia da sigla em apresentá-lo como candidato natural pela reeleição, ainda não verbalizou sua decisão em uma possível outra disputa presidencial.

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