Pesquisadores identificaram, por meio de tecnologia avançada, 6.674 estruturas maias pertencentes à antiga cidade perdida de Valeriana, localizada em Campeche, no México. A descoberta, publicada na revista Antiquity, inclui pirâmides monumentais que lembram as famosas construções de Chichén Itzá e Tikal, cidades símbolo da civilização maia. Essa revelação traz novas perspectivas sobre a expansão e o desenvolvimento dos maias em regiões até então pouco exploradas, indicando a complexidade e extensão de suas cidades.
O achado foi possível graças ao uso da tecnologia de sensoriamento remoto Lidar (Light Detection and Ranging), uma ferramenta que permite aos cientistas mapear terrenos densamente vegetados, emitindo pulsos de laser que “varrem” o solo sob a vegetação. No entanto, o uso de Lidar em áreas remotas como a de Campeche não havia sido viável anteriormente devido aos altos custos associados. Com novos investimentos voltados para a pesquisa de locais arqueológicos de difícil acesso, os cientistas conseguiram enfim mapear vastas extensões de terra e trazer à tona os vestígios dessa metrópole maia.
A descoberta de Valeriana oferece uma janela para o passado e reforça a importância da preservação e do investimento em tecnologias que ajudem a resgatar o patrimônio arqueológico. Os pesquisadores acreditam que o avanço das técnicas de Lidar em outras regiões da América Central e do México poderá revelar ainda mais cidades antigas, ampliando nosso entendimento sobre a complexidade urbana, política e religiosa dos maias, uma das civilizações mais avançadas de seu tempo.