O título em epígrafe marca o início de uma semana intensa após os bastidores da política cearense fervilharem com rumores sobre um possível rompimento político entre o senador Cid Gomes e o governador Elmano de Freitas.
Os jornais cearenses noticiaram amplamente o caso. A deputada Lia Gomes confirmou, com clareza, o afastamento do irmão do Palácio da Abolição. O experiente líder político Eudoro Santana também comentou os fatos, apontando o desgaste na relação por falta de diálogo. Enquanto isso, deputados afirmaram ter recebido diversas ligações dos principais envolvidos no embate.
Pois bem, após três dias de silêncio, o senador Cid Gomes, que no passado não muito distante apresentou diferentes versões para o rompimento com seu irmão Ciro Gomes e o ex-aliado Roberto Cláudio, resolveu se pronunciar publicamente.
“Não coloquem palavras na minha boca. Não disse que ia romper. Estou cumprindo os rituais.” Ou seja, “não disse sim e nem não, muito pelo contrário.” E, como de costume, a culpa recairá sobre a imprensa, o mordomo, o garçom ou até a redação do ENEM, que, tão confusa, teria levado os alunos a uma má interpretação.
Nos bastidores, no entanto, rumores apontam para algo mais concreto — ou, talvez, uma meia verdade: Cid teria chutado o pau da barraca. Contudo, prefeitos, deputados, vereadores e outras lideranças não quiseram segui-lo, deixando os “cacarecos” espalhados pelo chão da Meruoca e pelos quadrantes do Ceará.
Ao que tudo indica, o choro será engolido, e um recuo estratégico será necessário. Com o recesso legislativo à porta, luzes de Natal acesas, abraços de fim de ano e a fé renovada, as esperanças também se renovam. E, ao som de Belchior, todos entoarão: “O passado é uma roupa que não me serve mais!”.