Médicos plantonistas de Catunda e Farias Brito, municípios do Ceará, enfrentaram jornadas de trabalho de até 72 horas consecutivas em unidades de saúde. A frequência de plantões, considerada exaustiva e perigosa, chegou a se repetir por duas ou até quatro vezes em um único mês.
Os dados constam no relatório final de inspeção do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE), que analisou as folhas de pagamento referentes a março de 2023. A auditoria, realizada em junho de 2024, revelou o cenário alarmante de sobrecarga enfrentada pelos profissionais de saúde.
A prática, além de expor os médicos ao esgotamento físico e mental, levanta preocupações sobre a qualidade do atendimento oferecido à população e sobre a organização das escalas nas unidades públicas de saúde.