Home 1 Minuto com Sérgio Machado Onde vai parar o futebol com tanta violência?

Onde vai parar o futebol com tanta violência?

O afastamento de torcedores pacíficos e de famílias será inevitável, comprometendo a sustentabilidade do esporte e seu papel como espaço de convivência e celebração, fazendo com que as pessoas prefiram assistir no conforto e segurança de suas casas

Foto: Ismael Soares/SVM

O futebol, frequentemente descrito como a paixão nacional, tem sido manchado por episódios de violência que afastam os verdadeiros amantes do esporte.

Ontem, durante a partida entre Ceará e Ferroviário no Estádio Presidente Vargas, mais uma vez a cena foi dominada por torcidas organizadas em conflito. Um confronto entre membros das torcidas MOFI e Cearamor interrompeu o jogo ainda no primeiro tempo.

O tumulto começou com agressões físicas que rapidamente tomaram as arquibancadas. Imagens que circularam nas redes sociais mostraram cenas com torcedores desesperados tentando fugir para evitar o pior.

O caos se instalou do estádio às ruas do entorno do bairro Benfica, assustando moradores e afastando famílias que poderiam estar ali apenas para aproveitar um dia de lazer. Esse tipo de cenário tem sido cada vez mais comum no futebol cearense.

A violência expõe falhas na segurança pública e na organização de eventos esportivos.

Onde vai parar o futebol? O afastamento de torcedores pacíficos e de famílias será inevitável, comprometendo a sustentabilidade do esporte e seu papel como espaço de convivência e celebração, fazendo com que as pessoas prefiram assistir no conforto e segurança de suas casas.

No último sábado, também houve briga generalizada entre torcidas do Leão do Pici no Estádio Domingão, em Horizonte, durante a partida entre Fortaleza e Horizonte. E, ontem mesmo, o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol Cearense (TJDF) suspendeu a participação da TUF e JGT nas competições organizadas pela Federação Cearense de Futebol (FCF). A medida tem efeito imediato e já será aplicada no jogo de hoje do Fortaleza contra o Cariri.

Combater a violência nos estádios exige esforços coordenados, desde uma repressão imediata aos envolvidos, até uma reflexão mais ampla sobre o papel das torcidas organizadas e a responsabilidade de todos os envolvidos no futebol. O esporte não pode continuar refém de tanta violência.

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