Beneficiários do Fies Social, programa criado em 2024 pelo Ministério da Educação (MEC), têm enfrentado dificuldades para arcar com os custos das mensalidades, mesmo com o financiamento. Estudantes denunciam que o programa, voltado para alunos de baixa renda, não cobre integralmente os valores, tornando inviável a permanência nos cursos.
A estudante de medicina Eduarda Cardoso, de 22 anos, critica o modelo: “Nossa renda é de R$ 700 por pessoa aqui em casa, mas preciso pagar R$ 2.300 por mês na faculdade, mesmo com Fies. É inviável.”
Outro caso é o de Ana Silva, de 24 anos, que ingressou em uma instituição de ensino em Salvador no segundo semestre de 2024. Com uma mensalidade inicial de R$ 12.553,60, o financiamento cobre apenas R$ 10 mil, obrigando a estudante a pagar a diferença. Em 2025, o valor subiu para R$ 14.037, aumentando ainda mais os custos. Sem condições de manter os pagamentos, Ana precisou trancar a matrícula.
O Ministério da Educação optou por não comentar o caso. Já o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao MEC, afirmou que o teto do financiamento é necessário para garantir a sustentabilidade do programa e evitar o superendividamento dos estudantes.