O sábio líder político icoense, Chico de Manduca, costumava dizer quando estava na vida pública: “quem é besta vira suplente.” Ou seja, perde a eleição.
Nas pelejas eleitorais cearenses, a pré-campanha para o Senado da República já vinha se movimentando nos bastidores e, recentemente, ganhou projeção pública através dos jornais e das redes sociais.
Serão duas vagas em disputa. Cada Estado da federação elege três senadores, e, no Ceará, o atual senador Eduardo Girão, devido à sua postura nos últimos oito anos e a erros sucessivos, já é considerado carta fora do baralho.
Da Praia de Jericoacoara aos sertões dos Inhamuns, do Caravele em Fortaleza à Toca do Gia em Ipaumirim, ninguém mais aposta em sua reeleição.
A grande questão agora é como se dará a disputa entre governo e oposição. O Palácio da Abolição e os adversários precisarão definir se cada lado lançará um nome ou se a direita e a esquerda travarão uma disputa direta pelas duas cadeiras disponíveis.
O que se sabe é que o governador Elmano de Freitas, o ministro Camilo Santana e os ventos de Brasília terão influência decisiva na escolha dos candidatos. Afinal, há apenas duas vagas e, até agora, pelo menos cinco nomes já estão no tabuleiro.
Na oposição, especula-se sobre a candidatura do deputado-pastor Alcides, embora ainda sem confirmação. Já Cid Gomes, um dos mais fortes líderes do estado, afirma que não disputará o Senado. Mas, em política, um “não” quase sempre significa “talvez” e tudo pode mudar até as convenções.
O certo é que o grupo governista cresceu e todos querem espaço. No fim das contas, os “bestas” não ficarão nem com a suplência, mas com o sonho do Senado adiado para 2030.
