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Investimentos em hospitais do interior e HGF em crise: a conta da saúde não fecha

O governo do Estado anunciou em janeiro a chegada de 25 novos leitos para reforçar atendimento de emergência à população, mas pelo visto não deve estar sendo suficiente

Foto: Felipe Martins/Governo do Ceará

Às vésperas do Carnaval, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) enfrenta uma situação crítica.

A jornalista Inês Aparecida comentou em sua conta no X que há 48 pacientes nas unidades de emergência, sendo que 25 precisam de ventilação mecânica. No entanto, nem todos estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), como seria esperado. Além disso, pacientes que deveriam passar apenas por uma transição rápida nas Unidades de Internamento Breve (UBIs) acabam permanecendo por dias.

O setor de medicação do hospital, projetado para 20 pacientes, hoje abriga 79, com pessoas espalhadas pelos corredores. Essa superlotação reflete um problema crônico de gestão e infraestrutura. Mesmo sendo referência em atendimento de alta complexidade, o HGF não consegue garantir o mínimo de dignidade a quem precisa de cuidados urgentes.

O governo do Estado anunciou em janeiro a chegada de 25 novos leitos para reforçar atendimento de emergência à população, mas pelo visto não deve estar sendo suficiente. Além disso, segue ampliando o investimento no tratamento oncológico no interior do Ceará, o que é uma iniciativa importante, mas que contrasta com a crise do principal hospital de Fortaleza.

A disparidade entre o discurso e a realidade levanta questionamentos sobre prioridades e planejamento na saúde pública cearense. O investimento no interior é necessário, mas não pode acobertar os problemas na capital. A conta não fecha.

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