Nos últimos anos, Quixadá, uma das cidades mais conhecidas do Sertão Central cearense, vem perdendo protagonismo regional para a vizinha Quixeramobim, especialmente na atração de grandes projetos estratégicos que poderiam impulsionar o desenvolvimento da terra dos monólitos. Esse cenário desfavorável tem gerado debates sobre a falta de articulação política e planejamento adequado para garantir que o município não fique para trás.
A perda de projetos importantes para Quixeramobim começou a ganhar destaque na gestão do ex-prefeito João da Sapataria, mas continua a ser um problema latente até os dias atuais, sob a gestão de Ricardo Silveira. Projetos grandiosos como o Hospital Regional do Sertão Central — que hoje é uma realidade em Quixeramobim — estavam nos planos de desenvolvimento de Quixadá. Entretanto, a cidade não conseguiu concretizar o projeto e segue sem um hospital de referência, o que ainda é uma reivindicação constante da população.
Além disso, o projeto do Porto Seco, que poderia dinamizar o transporte de mercadorias e impulsionar a economia de Quixadá, também foi perdida para Quixeramobim. A mais recente frustração foi a instalação de uma faculdade de medicina pública no município vizinho, enquanto Quixadá continua com apenas uma instituição privada oferecendo o curso.
Apesar desse cenário de perda de protagonismo, Quixadá ainda se mantém como referência regional graças à forte presença do ensino superior. Os campi públicos da Universidade Federal do Ceará (UFC), do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE), além das instituições privadas, ainda fazem da cidade um polo educacional importante. Esse setor é um dos poucos que ainda garantem destaque ao município na região.
A pressão popular por novos projetos, especialmente na área da saúde, é cada vez mais evidente. A população de Quixadá cobra respostas das autoridades locais e estaduais para que a cidade não fique à margem do progresso que vem ocorrendo na região do Sertão Central.