A prisão de uma mulher de 47 anos por maus-tratos a um cachorro da raça poodle, de 14 anos, no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza, reforça a necessidade urgente de um olhar mais atento à proteção animal. Casos como esse são reflexos de uma cultura que, muitas vezes, ainda banaliza o sofrimento dos animais, ignorando seu direito ao bem-estar e à dignidade.
A legislação brasileira avançou nos últimos anos, prevendo punições mais severas para crimes dessa natureza, mas isso, por si só, não basta. É essencial que haja políticas públicas efetivas voltadas para a conscientização, fiscalização e punição rigorosa dos responsáveis por maus-tratos. A criação e o fortalecimento de programas de educação ambiental, bem como o incentivo à adoção responsável e ao combate ao abandono, são medidas fundamentais para prevenir novas tragédias.
Além da responsabilização individual, é necessário um compromisso coletivo para transformar a forma como a sociedade enxerga e trata os animais. O respeito à vida não pode ser seletivo. Enquanto persistirem casos como esse, seguiremos tendo uma dívida moral e ética com aqueles que dependem de nós para viver com dignidade.