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Polícia Civil prende nove influenciadores por divulgação enganosa do ‘jogo do tigrinho’

De acordo com as investigações, os influenciadores utilizavam "contas demo", senhas programadas para ganhar nos sites de apostas, iludindo os seguidores ao fazer parecer que é fácil lucrar com esses jogos

Foto: Reprodução

Uma operação da Polícia Civil do Ceará resultou, na manhã desta quarta-feira, 2, na prisão de nove influenciadores digitais suspeitos de divulgar uma forma enganosa de ganhar dinheiro em cassinos on-line, incluindo o conhecido “jogo do tigrinho”. A ação ocorreu em quatro estados e também levou à apreensão de bens de alto valor.

Esquema de fraude

De acordo com as investigações, os influenciadores utilizavam “contas demo”, senhas programadas para ganhar nos sites de apostas, iludindo os seguidores ao fazer parecer que é fácil lucrar com esses jogos. Com essa tática, eles atraíam mais pessoas para as plataformas, que são ilegais no Brasil.

Além dos mandados de prisão, a justiça determinou busca e apreensão de veículos, bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens dos suspeitos. Em Juazeiro do Norte (CE), foram apreendidos três carros de luxo, cada um avaliado em R$ 500 mil. Entre os influenciadores presos estão Brenna Brito, Felipe Galviz e Joyce Gomes.

Operação em quatro estados

A ação policial foi realizada em diversas cidades do Ceará, incluindo Fortaleza, Itaitinga, Eusébio e Juazeiro do Norte. Também houve mandados cumpridos em Embu das Artes e Santana de Parnaíba, em São Paulo; Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso; e Marabá, no Pará.

Foram expedidos 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão, 23 de busca de veículos e 15 de bloqueio de bens e valores. O montante total apreendido não foi divulgado.

Investigação de um ano

As investigações tiveram início há cerca de um ano, após a polícia receber informações de que criadores de conteúdo estavam promovendo jogos de azar de forma ilegal. Segundo o policial civil Júlio Agrelli, os influenciadores eram contratados por um esquema criminoso formado por donos de plataformas chinesas, gerentes e agentes intermediários.

“Os alvos dessa operação são agentes e influenciadores que administram plataformas digitais ilegais. O volume de dinheiro movimentado por esse grupo é muito significativo. Como essas plataformas não têm autorização do Estado, o governo deixa de arrecadar tributos importantes”, explicou Agrelli.

O delegado Giovani Moraes, do Núcleo de Inteligência de Juazeiro do Norte, reforçou que a operação contou com autorização do Ministério da Fazenda para investigar as atividades dos suspeitos. “Observamos que as plataformas divulgadas não eram legalizadas e que os influenciadores continuavam promovendo os jogos diariamente, mudando de plataforma sempre que uma era alvo de denúncia.”

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