Com a proximidade do fim dos mandatos de Cid Gomes (PSB) e Eduardo Girão (Novo), a disputa pelo Senado no Ceará em 2026 já começa a se desenhar com um número expressivo de pré-candidatos. São mais de 10 nomes ventilados nos bastidores, de diferentes campos políticos.
O movimento ganhou mais visibilidade depois que apoiadores do PT passaram a defender abertamente a candidatura de Luizianne Lins, ex-prefeita de Fortaleza. Além dela, surgem com força os nomes de José Guimarães (PT), Eunício Oliveira (MDB), Júnior Mano (PSB), Chiquinho Feitosa (Republicanos), Domingos Filho (PSD), Mauro Filho (PDT) e o chefe da Casa Civil, Chagas Vieira.
A conjuntura mostra a alta competitividade da próxima eleição e a dificuldade de consolidação de um nome majoritário com consenso. A tradição cearense de eleger senadores com forte capital político e trajetória longa na vida pública entra em confronto com a fluidez do cenário atual.
As falas recentes de Cid Gomes, criticando o PT e defendendo o nome do irmão para a presidência, indicam que as articulações nacionais também vão pesar localmente — principalmente dentro do campo governista. A base do governador Elmano, embora numerosa, ainda não tem um nome unificado para a disputa.
Do lado da oposição, o cenário é igualmente indefinido. Tanto Roberto Cláudio (PDT) quanto Capitão Wagner (União Brasil) manifestaram o desejo de lançar nomes aliados ao Senado, mas evitam precipitações. Os nomes citados até agora é o do deputado Pastor Alcides (PL), figura identificada com o bolsonarismo, e da vereadora Priscila Costa (PL), que também demonstra interesse em colocar seu nome na disputa.
A fala de ambos pela “unificação da oposição” reforça que o campo conservador ainda precisa se organizar para tentar disputar com chances reais uma das cadeiras no Senado.
Sem nomes incontestáveis até o momento, a eleição de 2026 para o Senado tende a ser uma das mais abertas da história recente cearense. O exemplo de Eduardo Girão, que se elegeu em 2018 com discurso de outsider e voto antipolítica, ainda ecoa entre os analistas, mas dificilmente se repetirá com a mesma força.
A depender da conjuntura nacional e da capacidade de articulação de cada grupo, o pleito pode consolidar velhos caciques ou surpreender com nomes menos óbvios, o que torna a corrida ainda mais imprevisível.