O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou 13 influenciadores digitais cearenses por promoverem ilegalmente o “Jogo do Tigrinho”, uma plataforma de jogos de azar, por meio das redes sociais. A denúncia foi aceita pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas, tornando os envolvidos réus no processo criminal.
De acordo com as investigações, os influenciadores atuavam principalmente a partir de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, e movimentaram mais de R$ 14,3 milhões entre 2023 e 2025. A estratégia envolvia a divulgação de vídeos, stories e links que promoviam as apostas, muitas vezes em grupos de WhatsApp gerenciados por eles próprios. Para atrair o público, os acusados simulavam ganhos utilizando versões “demo” do jogo, previamente programadas para vencer, induzindo seguidores a acreditarem em lucros fáceis.
O MPCE aponta que os acusados promoviam a plataforma como uma forma de “renda extra”, utilizando manipulações visuais e emocionais que visavam gerar dependência entre os usuários. Os pagamentos recebidos pelos influenciadores, segundo o MPCE, vinham de fontes estrangeiras, identificadas apenas como “chineses”, responsáveis pela operação dos sites de apostas ilegais.
A denúncia, apresentada no dia 6 de maio deste ano, foi aceita pela Justiça em 14 de maio. Os influenciadores são acusados por crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, além de delitos contra a economia popular, o consumidor e a legislação sobre jogos de azar.
Os réus são:
- Victoria Haparecida de Oliveira Roza
- Milena Peixoto Sampaio
- Janisson Moura Santos
- Maria Gabriela Casimiro da Silva Fernandes
- Darley Felipe Santos Dias
- Wellington Lima de Alencar
- Walysson Lima de Alencar
- Agustavo Antonio de Oliveira Junior
- Paloma Silva Costa
- Tassia Avelina Franklin Leandro
- Maria Fabiana Teixeira de Oliveira
- Antonio Sampaio Grangeiro
- Inessa Karla Nogueira
O processo segue em andamento, e o Ministério Público afirma que as investigações continuam, com o objetivo de identificar outros envolvidos e aprofundar as apurações sobre o funcionamento da rede criminosa.