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Reflexão sobre a estupidez da guerra atual

A guerra, longe de ser um caminho para a segurança, revela-se um empreendimento mortal, lucrativo para poucos e gerador de sofrimento infinito para muitos

Foto: CFOTO/Future Publishing via Getty Images

A escalada do conflito entre Israel e Palestina, amplificada pela tensão com o Irã e pelo envolvimento direto dos Estados Unidos, expõe a lógica perversa e autodestrutiva da guerra. A justificativa de “manter a paz” por meio de bombardeios e apoio militar unilateral configura uma contradição grotesca, equivalente a apagar um incêndio com gasolina. Enquanto líderes políticos alimentam seus egos e narrativas de poder, e a indústria bélica aufere lucros obscenos com a venda de armamentos, o custo real recai sobre os inocentes: crianças, mulheres, idosos e animais, cujas vidas são reduzidas a escombros, fome e doenças. A célebre frase do piloto alemão Erich Hartmann (1945) ecoa com amarga precisão: “A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.”

Nesse cenário desumano, a destruição de hospitais, a escassez de medicamentos e o extermínio de profissionais de saúde aprofundam uma catástrofe humanitária calculada. A guerra, longe de ser um caminho para a segurança, revela-se um empreendimento mortal, lucrativo para poucos e gerador de sofrimento infinito para muitos. A pergunta “quando isso vai acabar?” permanece sem resposta, pois o fim exige não mais armas, mas uma revolução de consciência: o reconhecimento de que a vida humana vale mais do que fronteiras, dogmas ou lucros. Enquanto essa consciência não emerge, só nos resta clamar por piedade para as vítimas silenciosas, cujos corpos alimentam essa máquina de insensatez. Que a compaixão, afinal, supere a estupidez.

Que o grande arquiteto do universo tenha misericórdia de todas as vítimas inocentes.

Wanderley Barbosa
Jornalista e Radialista Profissional
Delegado do SINDRADIOCE
Presidente da AISC e Associado da ACI

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