O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), Elmo Belchior Aguiar, revelou que o estado conta com aproximadamente duas mil queijarias irregulares em funcionamento, concentradas principalmente no interior. A informação é da coluna do Egídio Serpa, do Diário do Nordeste.
Apesar do cenário preocupante, a fiscalização do setor deve ser reforçada após o governador Elmano de Freitas ter autorizado a convocação dos aprovados no último concurso da agência, ampliando o efetivo e permitindo ações mais robustas de controle sanitário.
“Com esse novo contingente de pessoal, teremos condição de ampliar e tornar mais rigorosa a fiscalização das atividades de todo o setor de lácteos, incluindo, especialmente, essas queijarias”, afirmou Aguiar. A decisão foi bem recebida por representantes da indústria formal de laticínios, que enfrentam concorrência tanto de estabelecimentos clandestinos quanto do contrabando interestadual de derivados do leite.
José Antunes Mota, presidente do Sindicato da Indústria de Lacticínios do Ceará, classificou a medida como “correta e oportuna”, destacando que os novos fiscais permitirão não apenas combater as queijarias ilegais, mas também agir contra o comércio clandestino de produtos vindos de fora do estado. Segundo ele, queijos como a muçarela, muito utilizada por pizzarias, têm chegado em Fortaleza sem qualquer controle sanitário, transportados em ônibus, caminhões e até carros particulares.
O reforço na fiscalização é visto como essencial também por Sílvio Carlos Ribeiro, secretário executivo do Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Ele enfatizou que o setor agropecuário do estado cresce acima do esperado, o que torna urgente o fortalecimento das ações de controle e inspeção.
