Ver essa foto no Instagram
Quixeramobim, terra de acolhida, enfrenta um episódio que fere sua imagem de cidade humana e solidária. No Conjunto Sabonete, moradores relatam casos sucessivos e preocupantes de gatos sendo cruelmente envenenados. Animais indefesos, muitos deles abandonados e alimentados por moradores solidários, estão morrendo nas ruas. Um crime invisível, mas brutal.
É importante dizer de forma clara: envenenar animais é crime previsto na legislação federal (Lei nº 9.605/98), com pena de detenção e multa. Mais do que uma questão legal, é um ato de desumanidade. Tira-se a vida de seres que sentem dor e medo, sem qualquer justificativa que possa suavizar a gravidade dessa conduta.
Neste momento, é indispensável a atuação firme das autoridades policiais. As denúncias precisam ser formalmente registradas e investigadas. A população não pode se calar. As autoridades não podem fingir que não sabem. É preciso encontrar e responsabilizar os culpados.
À comunidade do Conjunto Sabonete, fica um apelo: não silenciem diante da crueldade. Denunciem. Ajudem a proteger esses animais. Informações simples podem ser essenciais para chegar aos responsáveis por essas mortes. O anonimato é garantido. Mas a sua participação é indispensável.
Paralelamente, cobramos do poder público: a hora de estruturar políticas de proteção animal é agora. Quixeramobim precisa avançar na castração, no controle populacional, em campanhas educativas e na construção de um abrigo público. Hoje, quem luta pelos animais são apenas protetores independentes, pessoas comuns que fazem o possível diante da negligência oficial.
Que o Conjunto Sabonete não seja lembrado como o bairro onde a morte venceu. Que este episódio desperte consciência, revolta e ação.
Proteger os animais não é um favor, é um dever humano e social. E quem silencia diante da crueldade, de certa forma, também a permite.