A ausência coletiva das principais autoridades executivas e legislativas de Quixadá – incluindo prefeito, vice-prefeito, presidente da Câmara Municipal e secretários de Cultura e Turismo – durante a visita (17 de julho) do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Valdez Gois, ao emblemático Açude do Cedro, configura um grave descaso político. A presença de apenas uma vereadora, Mônica Peregrine (PT), para recepcionar uma autoridade federal estratégica para o desenvolvimento regional, especialmente em um patrimônio histórico abandonado que simboliza o potencial do interior, sugere evidente desinteresse da gestão municipal. Tal omissão lança dúvidas sobre o compromisso local com a captação de recursos, o fomento ao turismo e a busca por parcerias essenciais com o governo federal para a restauração do açude do Cedro.
As hipóteses que tentam justificar o fato – como a priorização do evento “Pula Fogueira” (São João fora de época), descompromisso com demandas estratégicas ou desavenças partidárias – são igualmente inaceitáveis e revelam grave distorção de prioridades. Enquanto a população aguarda ações concretas para o desenvolvimento, a ausência unânime da cúpula municipal simboliza uma cultura política que coloca interesses pessoais ou imediatistas acima do bem comum. Essa postura reforça a percepção de desconexão das lideranças políticas com a seriedade necessária para impulsionar Quixadá, perpetuando um ciclo de estagnação que os cidadãos, cada vez mais conscientes, dificilmente tolerarão.
Acorda, Quixadá!
