Os três homens acusados de sequestrar e assassinar a jovem Natany Alves, de 20 anos, em Quixeramobim, no Sertão Central, foram condenados, com penas somadas de 99 anos de prisão. O julgamento do caso, que causou comoção na cidade, foi concluído nesta sexta-feira, 1º de agosto, com sentença proferida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Quixadá.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano, quando a vítima foi surpreendida ao sair de uma igreja evangélica. De acordo com as investigações, ela foi abordada ao retornar para o carro, estacionado nas proximidades do templo, e rendida pelo trio, que a levou sob ameaça. Natany foi assassinada a pedradas, e seu corpo ocultado pelos criminosos.
Os réus Francisco Teodósio Ramos Neto e Jardson do Nascimento Silva foram condenados a 28 anos e três meses de reclusão cada um, pelos crimes de latrocínio, associação criminosa e ocultação de cadáver. Já Francisco Márcio Freire recebeu a pena mais alta: 43 anos e dois meses de prisão. Além dos mesmos crimes, ele também foi condenado por estupro.
Durante o julgamento, ficou comprovado que os acusados escolheram a vítima aleatoriamente. Em depoimento à polícia, eles confessaram que pretendiam roubar um carro para quitar uma dívida de Francisco Márcio, e acabaram abordando Natany por acaso.
O laudo da Perícia Forense revelou que a jovem foi morta com requintes de crueldade: ela sofreu traumatismo craniano por esmagamento, com exposição da massa encefálica, e apresentava sinais de que tentou se defender dos golpes.
Na audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos, destacando a gravidade do caso. “Os autuados demonstraram completo desprezo, mesquinhez e desapego pela vida humana”, afirmou o juiz responsável pela decisão.
O caso gerou forte comoção entre os moradores de Quixeramobim e motivou manifestações em defesa da memória de Natany e de punição exemplar aos culpados.