Existe uma máxima que afirma: “Ninguém vai para o céu sem morrer”. No Brasil, o céu da política, segundo o próprio jargão, é o Senado da República. Todos querem ir para lá, especialmente os mais experientes nesses caminhos de mandatos e eleições.
No Ceará, como já noticiou o jornal O Povo, pelo menos dez nomes anteciparam esse desejo de ir para o “céu” – ou seja, para o Senado da República. Foram dezenas de aparições públicas, reuniões, plenárias, entrevistas em rádios, blogs, TVs e por aí vai. Afora as brigas nos grupos de WhatsApp.
Do outro lado da mesa, trabalhando e assistindo a tudo em silêncio, estava o governador de todos nós, cearenses: Elmano de Freitas. Essas prévias precoces começaram a incomodar. Por quê? Porque os “pré” dos “pré” já estavam em pleno litígio, não apenas nos bastidores, mas publicamente.
Toda gravidez, de forma regular, dura nove meses. Antecipar o dom da vida, coisa de Deus, nem sempre dá certo. Assim também são as eleições: é melhor que amadureçam, sejam bem formadas, debatidas, ajustadas e, claro, cheguem no tempo certo.
Porém, no “estacionamento” da política, já temos pedras encostadas: algumas chegando, outras ainda por vir. Essas pedras do “céu” precisam ser analisadas e polidas para que o povo as aceite. E isso vai das veredas ao Palácio da Abolição; do Abolição ao campo nacional, com trovões ou não.
Mas, de uns dias para cá, ocorreu um “mergulho” geral: os pré-candidatos ao Senado deram uma trégua. Embora todos estejam a postos com seus salva-vidas, é bom que entendam que “sem morrer não se entra no céu”. Na hora certa, porém, sempre há os que “ressuscitam” e se postam na porta das bênçãos.
Afinal, uma boa Cajuína São Geraldo, nascida na terra do meu Padim Ciço, e uma canja da Inês, em Icó, não fazem mal a ninguém.
Deixo finalmente, para o Chico Numa Bôa, meu amigo e vibrante jornalista, uma análise mais apurada deste texto digitado no silêncio da vida.