O PL vive dias movimentados no Ceará.
Priscilla Costa já anunciou que quer disputar o Senado, com apoio de Michelle Bolsonaro. E Alcides Fernandes, pai de André Fernandes, também entrou no jogo, se colocando como pré-candidato ao Senado usando a imagem de Ciro Gomes em suas propagandas, juntando dois campos que, até pouco tempo, pareciam distantes.
Enquanto isso, André Fernandes, além de agora estar à frente do partido no Estado, tenta consolidar sua liderança como principal nome da direita cearense.
Essa disputa interna mostra que o PL ainda busca um rumo claro por aqui. Ao mesmo tempo em que tenta se firmar como oposição ao governo estadual e ao PT, o partido precisa lidar com as ambições pessoais de suas lideranças.
Priscilla aposta no espaço que construiu junto ao eleitorado mais conservador e evangélico. Já Alcides mostra uma estratégia diferente, que é buscar aproximação com setores que não estão alinhados diretamente ao bolsonarismo, como é o caso de Ciro Gomes e Roberto Claudio.
Isso pode indicar um teste de narrativa, tentando ampliar a base de apoio para além do eleitor tradicional da direita. Mas também pode gerar ruído dentro do próprio PL, já que o partido sempre se apresentou como vitrine do bolsonarismo.
No Ceará, essa mistura de projetos pode fortalecer a sigla, se conseguirem se unir em torno de candidaturas fortes, mas também pode enfraquecer, caso a briga interna pese mais do que a articulação externa.
É uma cena que ainda está em aberto, mas que já mostra como 2026 deve ser disputada voto a voto, especialmente para o Senado.
Será que o PL vai decidir se segue colado no bolsonarismo ou se abre espaço para novas alianças? Esse dilema pode definir a unidade interna do partido e sua relevância no jogo político cearense. Até lá, a briga por protagonismo promete esquentar os bastidores. Vamos acompanhando.