Cid Gomes e Acilon Gonçalves estão afinando a sintonia dentro do PSB para mostrar que o partido não é mais coadjuvante no Ceará.
A estratégia é inflar o PSB, fortalecendo as bases, para provar que tem musculatura suficiente para entrar grande em 2026. A presença de João Campos, presidente nacional da sigla, no encontro mais recente só reforça o quanto o Ceará virou prioridade nacional para o partido.
Um dos pontos que mais chamou atenção foi o apoio público de Cid ao nome de Júnior Mano para o Senado, mesmo com resistência de Eudoro Santana, presidente estadual do PSB. O deputado foi expulso do PL após participar da campanha do atual prefeito Evandro Leitão.
Esse movimento mostra que Cid quer deixar claro quem tem comando político de fato dentro do partido. E, ao mesmo tempo, testa os limites da convivência interna, algo comum quando o jogo eleitoral começa a se desenhar cedo demais, como tem acontecido.
Enquanto isso, Acilon, ex-prefeito de Eusébio e figura central na estrutura partidária, trabalha nos bastidores para ampliar o alcance do PSB nos municípios da Região Metropolitana. Essa parceria entre Cid e Acilon tem força porque une dois perfis. Um é articulador político de peso e o outro é gestor com base consolidada e trânsito em várias prefeituras.
Do outro lado, Ciro Gomes tem trabalhado para manter viva a aliança de direita e centro-direita em torno do PSDB, União Brasil e PL. Ver o PSB crescendo e se firmando ao lado de Elmano e do PT é, politicamente, um alerta.
O PSB quer o protagonismo que perdeu nos últimos anos. Cid e Acilon estão montando uma estrutura que pode pesar muito nas alianças de 2026. A diferença é que, dessa vez, os irmãos Ferreira Gomes estão em lados opostos.
