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Congresso de Ginecologia e Obstetrícia tem debate sobre “Maternidades e lutos” nesta quinta, 30

O debate inclui reflexões sobre desafios como reivindicar a garantia dos Direitos Humanos e Reprodutivos no contexto do luto perinatal e dimensionar outras formas de enlutamentos vividos - e muitas vezes silenciados - no processo da gestação, do parto e do puerpério

Foto: Divulgação

Dialogar sobre histórias de perdas gestacionais, caminhos de enlutamento, processos de acolhimento, violências e transformações. Com esse propósito, acontece debate aberto ao público em geral, nesta quinta-feira, 30, das 8h30 ao meio-dia, com acesso gratuito, na Fábrica de Negócios (Av. Monsenhor Tabosa, 740, Centro), do Hotel Praia Centro, como parte da programação do VIII Congresso Cearense de Ginecologia e Obstetrícia.

A médica obstetra Liduína Rocha, a jornalista Sara Goes, a historiadora e escritora Nina Rizzi, a professora e escritora Glória Diógenes e a deputada estadual Larissa Gaspar participam do debate, que inclui reflexões sobre desafios como reivindicar a garantia dos Direitos Humanos e Reprodutivos no contexto do luto perinatal e dimensionar outras formas de enlutamentos vividos – e muitas vezes silenciados – no processo da gestação, do parto e do puerpério. “Quando nasce uma criança, nasce uma mãe. Mas o que nela morre?”. Essa é uma das perguntas que norteiam o debate.

“Esta sala é destinada pela Socego a um diálogo com a sociedade a respeito dos direitos das mulheres e dos direitos reprodutivos quando acontece um luto perinatal. O debate desta quinta-feira pela manhã dialoga também sobre as muitas maternidades e os seus outros enlutamentos possíveis, desde os lutos físicos, as perdas gestacionais em qualquer época da gravidez, até as transformações do puerpério. Reunindo três mulheres que vivenciaram esses lutos, o debate inclui como o Estado pode garantir esses direitos e dialoga com a nova lei do luto perinatal, recentemente sancionada pelo Governo Federal”, destaca a dra. Liduína Rocha.

“Além do luto e da concretude da morte física, queremos dialogar também sobre as questões estruturais da maternidade, que levam a outras formas de enlutamento. Por exemplo, uma mulher, ao parir, tem a perspectiva de uma reinserção no mundo do mercado com salário inferior ao de homens. E a maternidade, na vivência do puerpério, se relaciona muito mais a uma reclusão do universo feminino que do masculino, ou da família”, acrescenta a dra. Liduína.

“Quando nasce uma criança, nasce uma mãe. Mas o que é que morre? O que é que a maternidade e a vivência do puerpério silenciam? Quais lutos são vivenciados e de forma solitária por essas mulheres?”, questiona a médica obstetra. “As mulheres participantes do debate vão falar livremente sobre suas trajetórias. Depois da fala das quatro convidadas, a fala será aberta para o público, para que outras pessoas narrem suas histórias ou façam suas considerações”, aponta Liduína, ressaltando que a atividade tem acesso gratuito e é aberta a todas as pessoas interessadas no tema.

Mais sobre o VIII Congresso da Socego

“O VIII Congresso Cearense de Ginecologia e Obstetrícia celebra os 60 anos da Socego, acontece de 30/10 a 1/11 e traz uma programação especialmente organizada para contemplar os principais temas de nossa especialidade, garantindo uma visão multidisciplinar e baseada em evidências científicas”, destaca a dra. Sammya Bezerra, presidente da Socego.

“Contaremos com a presença tanto de renomados palestrantes cearenses como nacionais, em um grande evento que permitirá troca de conhecimentos técnicos, científicos e convivência social entre os participantes”, complementa, destacando os colegas especialistas em ginecologia e obstetrícia, residentes e profissionais de outras especialidades que juntos somam forças no cuidado e atenção à saúde da mulher.

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