A morte de Zé Celso fez com que o Brasil voltasse todos os seus olhos para aquele que é considerado um dos maiores – se não, o maior – dramaturgo, ator, diretor e encenador brasileiro. Ele, com sua maestria, conquistou a admiração do público por onde passou, incluindo Quixeramobim.
A primeira vez em que pisou os pés no Coração do Ceará, Zé Celso trouxe consigo a peça “Os Sertões”, inspirada na obra de Euclides da Cunha. Sua visita proporcionou a Quixeramobim uma dimensão mais aproveitada do que era teatro e a expansão dessa arte para o público que nunca teve acesso a um espetáculo de tamanho porte. Foi um momento único na vida dos quixeramobinenses, que puderam aproveitar ao máximo as peças A Terra, O Homem 1, O Homem 2, A Luta 1 e A Luta 2.
O empenho louvável de quem o trouxe para a cidade, como a própria gestão municipal da época, é reconhecido até hoje como um esforço que buscou elevar o status do município na área da cultura, sendo uma terra tão citada na literatura histórico-cultural por conta de sua importância, através da figura de Antônio Conselheiro, seu filho mais ilustre.
Zé Celso aproveitou o peso histórico do município e retornou em 2016. Dessa vez, trouxe mais conhecimento, pesquisa e história através de um estudo feito por ele sobre o Conselheiro. Mas não poderia encerrar sua participação sem que as pessoas presentes no Conselheiro Vivo integrassem, de fato, o evento. Por isso, conduziu um cortejo, entoando cânticos da UNIQ até a Praça da Matriz de Santo Antônio, onde foram realizadas apresentações. Ele organizou uma linda ciranda e encantamento.
A figura de Zé Celso é simbólica e importante para a dramaturgia, e é destacável no meio cultural como alguém que causou um grande impacto na área, buscando levar ao público e trazer o público para o palco da encenação brasileira.
De mim transborda admiração e respeito por este que conheceu Quixeramobim e fez a cidade ser destaque positivo em todo o Brasil.
Foto: Elistênio Alves
1 Minuto com Sérgio Machado
