O pistache, uma das sementes mais caras do mundo, pode ser produzida no Ceará. É isso que planeja a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A informação foi divulgada pela jornalista Mariana Lemos, do Diário do Nordeste.
O intuito é cultivar a oleaginosa na Serra da Ibiapaba. O local pode ser o primeiro do Brasil a ter produção de pistache. A Embrapa observa que o local foi escolhido em razão do clima ameno em comparação com o restante do Estado.
O chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Gustavo Saavedra, explicou que a árvore do pistache, natural da Ásia menor, composta por Síria, Irá e Turquia, precisa de um local com clima temperado para ser cultivada. Ou seja, as estações precisam ser bem definidas e os invernos precisam ser frios. Além disso, a planta precisa de pelo menos 60 dias com temperaturas abaixo de 10 ºC para hibernar e perder as folhas.
Mesmo que as temperaturas na Serra da Ibiapaba não cheguem a níveis tão baixos, o experimento no Ceará deve se embasar em estudos de que o pistache pode ser adaptado ao clima tropical, como outras frutas secas, a exemplo do que acontece na Califórnia (Estados Unidos), estado que possui condições de solo e clima semelhantes ao Ceará e tem grande produção da semente.
Caso a produção local do pistache dê certo, o produto pode se tornar mais acessível nas prateleiras dos supermercados.