1,3 milhão de famílias brasileiras ainda não superaram a linha de pobreza e estão vulneráveis à insegurança alimentar, mesmo com o Bolsa Família. É isso que pontuou a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), presidida pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
A alta no preço dos alimentos é um dos principais fatores que coloca essas famílias em risco alimentar.
Famílias com renda de até R$ 218 por pessoa estão em situação de pobreza e são elegíveis a receber o Bolsa Família, com valor mínimo de R$ 600. No entanto, a Câmara destacou que outros gastos têm apertado os orçamentos das famílias beneficiadas com o programa e afetado seu poder de compra, como despesas com habitação, transporte e alimentação.
A Caisan avalia, ainda, que a alta nos preços dos alimentos impacta não só a quantidade de comida nas casas mais vulneráveis, mas também a qualidade.
“Essa preocupação [com o controle da inflação de alimentos] é tanto mais urgente na medida em que os preços comparativamente mais baratos dos alimentos ultraprocessados tendem a influenciar as escolhas alimentares da população e incentivar a adoção de padrões alimentares menos saudáveis”, acrescenta o 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, referente ao período de 2025-2027, no “Diário Oficial da União” da última quarta-feira, 5.