O sedentarismo, caracterizado pela ausência ou diminuição de atividades físicas, é considerado um dos principais fatores de risco para diversas doenças crônicas não transmissíveis, especialmente as cardiovasculares. A falta de atividade física regular pode levar ao desenvolvimento de condições como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade e aumento do colesterol, fatores que contribuem significativamente para o risco de infarto do miocárdio.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, representando aproximadamente 31% de todas as mortes globais. Destes óbitos, estima-se que 17,9 milhões de pessoas morrem anualmente devido a doenças cardiovasculares, sendo que 85% dessas mortes são causadas por infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. A inatividade física é apontada como um dos fatores de risco comportamentais modificáveis que mais contribuem para essas estatísticas.
De acordo com Ulysses Vieira, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Ceará (SBC-CE), o sedentarismo está associado ainda, a outros fatores de risco, como o excesso de peso e a obesidade, que também aumentam a probabilidade de desenvolver doenças cardíacas. “A adoção de um estilo de vida ativo, incluindo a prática regular de atividades físicas, é fundamental para a prevenção dessas condições. Recomenda-se que adultos realizem pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana, conforme orientações da OMS”, alerta o especialista.
A promoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada e a cessação do tabagismo, são estratégias essenciais para reduzir o risco de doenças cardiovasculares e melhorar a qualidade de vida. Políticas públicas que incentivem a atividade física e a criação de ambientes que facilitem a prática de exercícios são fundamentais para combater o sedentarismo e seus impactos na saúde do coração.