O cenário político brasileiro atual reflete uma profunda divisão social, onde o fanatismo partidário substituiu o diálogo racional. De um lado, defensores ferrenhos de Bolsonaro; de outro, apoiadores incondicionais de Lula, ambos muitas vezes agindo mais por emoção do que por análise crítica. As redes sociais, que poderiam ser um espaço de debate construtivo, transformaram-se em arenas de ódio, onde a civilidade é deixada de lado em nome de ataques pessoais e desejos de vingança. O mais alarmante é que essa polarização não poupa nem mesmo aqueles com formação acadêmica, que, em vez de promoverem reflexão, muitas vezes se igualam a discursos rasos e agressivos, revelando como o emocional tomou o lugar da razão.
Essa guerra psicológica tem gerado consequências graves para a saúde mental da sociedade. A obsessão política está criando transtornos como ansiedade, estresse e até mesmo depressão, com pessoas definindo sua identidade não por valores humanos, mas por sua posição partidária. O mais paradoxal é ver indivíduos que se dizem religiosos desejando o mal do outro, como se a fé justificasse o ódio. Isso demonstra como a política no Brasil, em vez de ser um meio para o bem comum, tornou-se uma espécie de religião secular, onde o “inimigo” deve ser destruído, aniquilado e não convencido. Onde vamos parar com isso? Será que não percebemos que, enquanto nos digladiamos, as verdadeiras causas dos problemas do país permanecem intocadas?
A pergunta que fica é: quem lucra com esse caos? Certamente não é o cidadão comum, que vê sua vida piorar enquanto dedica tempo e saúde a defender políticos em redes sociais que, na maioria das vezes, não representam verdadeiramente seus interesses. Os líderes brasileiros, estão longe de serem exemplos de cidadania, alimentam essa divisão para manter seu poder, enquanto a população fica refém de uma narrativa de ódio que só beneficia uma elite política e midiática. Se queremos pacificar o país, precisamos resgatar o respeito ao diferente, a capacidade de ouvir e a consciência de que política não é uma guerra sagrada, mas uma ferramenta para melhorar vidas. Caso contrário, continuaremos sendo marionetes de um jogo perverso onde só perdemos nós.
Acordem, usuários das redes sociais! Se não despertarem a tempo, em breve estarão no divã dos psicanalistas. E então: você terá recursos para recuperar sua saúde mental? Será que conseguirá reconstruir as amizades perdidas, aquelas dos velhos e bons amigos?