Em meio às recentes tensões comerciais com os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que o Brasil possui reservas internacionais robustas para enfrentar possíveis impactos econômicos. Durante um evento promovido pelo Mercado Livre em Cajamar (SP), Lula destacou a solidez financeira do país diante das políticas adotadas pelo governo de Donald Trump.
“Nós pagamos a dívida externa brasileira. Pela primeira vez, fizemos uma reserva internacional de US$ 370 bilhões, o que protege este país contra qualquer crise. Mesmo o presidente Trump falando o que quiser, o Brasil está seguro porque temos um colchão de US$ 350 bilhões, que dá ao Brasil e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma certa tranquilidade”, afirmou o presidente.
Dados recentes do Banco Central indicam que, até a última sexta-feira, 7, as reservas internacionais do Brasil totalizavam US$ 338,6 bilhões. Considerando os cerca de US$ 17 bilhões leiloados pelo BC desde o ano passado, com compromisso de recompra ao longo deste ano, o montante alcança US$ 355,6 bilhões.
Além de enfatizar a estabilidade econômica, Lula expressou otimismo quanto ao crescimento do país em 2025, impulsionado por medidas governamentais que estimulam o crédito e o consumo. Ele citou como exemplo o anúncio do Mercado Livre de investir R$ 34 bilhões no Brasil neste ano.
“Agora, as pessoas dizem: ‘A economia vai desacelerar, vai crescer menos’. E eu quero dizer para vocês que a economia brasileira vai surpreender. Porque essa gente que fica discutindo o chamado mercado, que fica discutindo a economia, não conhece o microcrédito funcionando, o dinheiro chegando na mão de milhares e milhões de pessoas”, declarou Lula.
O presidente também mencionou que o salário mínimo aumentou acima da inflação por dois anos consecutivos, o emprego voltou a crescer e o crédito está sendo disponibilizado com mais força no país.
Lula ressaltou que o crescimento econômico do Brasil não depende exclusivamente de fatores externos, mas do esforço conjunto dos brasileiros. “Não depende de ninguém, não depende dos Estados Unidos, não depende da China, não depende da África, só depende de nós brasileiros”, concluiu.