Caso seja verdadeira – ou mesmo meia verdade – a movimentação que circula nas redes sociais sobre o suposto apoio do Ministro Camilo Santana e de parte do alto clero do Governo do Estado às eleições para o Senado da República, haverá quem caminhe com “as mãos apenas nas costas”.
O ex-senador Eunício Oliveira já afirmou, por diversas vezes e em grandes veículos de imprensa, que conta com o apoio do governador Elmano de Freitas e do ministro Camilo Santana. Até agora, sem qualquer desmentido oficial.
Por outro lado, no recente aniversário do líder José Guimarães, tanto Camilo quanto Elmano, além de outros puxadores de votos importantes no Ceará, fizeram, de forma pública, o lançamento do nome de Guimarães para o Senado, aproveitando as vagas que devem ser deixadas por Cid Gomes e Eduardo Girão, que sinalizam não buscar reeleição.
Enquanto isso, Cid Gomes, isoladamente, lançou o deputado federal Júnior Mano como seu candidato. No entanto, reina silêncio no Palácio da Abolição, na Assembleia Legislativa e até no Ministério da Educação quanto a esse movimento. O nome de Júnior Mano sequer é citado pelas principais lideranças governistas.
Já Chiquinho Feitosa, animado, afirmou que “agora é a sua vez”, distribuiu carneiro e picanha em sua fazenda Boísa, nas proximidades do Canindé de São Francisco e de Dona Rozário, sua prima. Ele foi celebrado como “o gentleman de Tauá”, mas o tão esperado apoio formal do Governo não se confirma, nem se nega. Falam, sorriem, elogiam, mas evitam compromissos públicos.
Em meio a esse cenário, os tertius preferem a prudência: dizem apenas que “o tempo é o senhor da razão” e que estão prontos para qualquer caminho, “mas deixam a vida os levar”.
Enquanto isso, a oposição, aguardando definição sobre o cenário presidencial, deseja uma vaga ao Senado da República e observa atentamente quem realmente será o candidato a enfrentar o presidente Lula. Será Tarcísio de Freitas, Caiado ou Ciro Gomes? A expectativa cresce, mas ainda reina a dúvida sobre os rumos dessa disputa.
Assim, fica a expectativa para que as mãos saiam das costas e, de uma vez por todas, apontem os caminhos.
Afinal, como já dizia o poeta, “o caminho não há; o caminho se faz ao caminhar?”
