O deputado federal Eunício Oliveira (MDB) foi cauteloso ao responder questionamentos, nesta quinta-feira, 8, sobre uma possível candidatura ao Senado em 2026. De acordo com ele, apesar da cúpula nacional do partido tê-lo escolhido para disputar a cadeira, caso o MDB tenha direito a uma vaga na chapa majoritária, o assunto será decidido “no momento oportuno”.
“Eu tenho muita tranquilidade porque eu faço parte de um grupo político. Nós vamos decidir no momento oportuno. O ministro Camilo [Santana] já conversou comigo sobre essa possibilidade do senatório. Então, nós vamos conversar no momento oportuno. Eu não serei nenhum empecilho. Obviamente que meu nome foi o escolhido pelo MDB Nacional para, se houver o direito – e eu espero que tenha – de disputar para senador, essa escolha recaia sobre meu nome”, disse o deputado ao programa Ponto de Vista, da SerTão TV.
De acordo com Eunício, o partido tomou a decisão de priorizar, caso tenha a oportunidade, as candidaturas ao Senado em 2026, para recompor a legenda na Casa, se manter como sigla majoritária e conseguir a presidência do Senado.
“A preferência do MDB, a nível nacional, é de que, nos estados, tenhamos sempre que possível candidatos ao Senado, para fazer essa reposição e o MDB continuar majoritário no Senado da República, com condições de presidir aquela Casa”, afirmou, destacando que, em 2026, 10 senadores do MDB devem buscar a reeleição.
Sobre a aliança política da qual o partido faz parte no Ceará, o deputado defendeu que há pelo menos seis vagas para 2026 para contemplar as legendas, e ressaltou que a posição do MDB é de que sejam decididos apenas dois nomes para o Senado: “Nós temos que ter apenas dois nomes, para não ter briga no meio do caminho, para ninguém ir buscar voto fora dessa aliança política.”
Entre os nomes pré-lançados para a Casa Alta do Congresso Nacional estão os dos deputados José Guimarães (PT), que já manifestou interesse em ocupar uma cadeira no Senado, e Júnior Mano (PSB), que é defendido pelo atual senador – que não deve disputar reeleição – Cid Gomes (PSB). Indagado sobre com quem gostaria de caminhar na busca pelas duas cadeiras do Senado, Eunício disse que “não cabe ao MDB vetar ou escolher ninguém dentro de outro partido”.
“O MDB não terá absolutamente nenhuma palavra a quem quer que seja indicado pelos outros partidos políticos”, ressaltou.