A Escola de Ensino Médio Professor Luís Felipe, em Sobral, retomou as aulas nesta segunda-feira, 6, 11 dias após o ataque a tiros que deixou dois estudantes mortos e três feridos. O retorno está sendo feito de forma gradual e acompanhado por equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, que reforçam a segurança no entorno da unidade.
O primeiro dia foi marcado por homenagens às vítimas, Victor Guilherme Sousa de Aguiar e Luis Claudio Sousa Oliveira Filho, mortos durante o ataque em 25 de setembro. No auditório da escola, alunos e professores participaram de um momento de acolhimento conduzido pela direção.
A Secretaria da Educação informou que esta primeira semana será dedicada à escuta e ao apoio emocional da comunidade escolar. O retorno das turmas foi dividido da seguinte forma:
- Segunda, 6 – apenas alunos da 3ª série (manhã e tarde);
- Terça, 7 – turmas da 2ª série;
- Quarta, 8 – atividades exclusivas para estudantes da 1ª série.
A partir da próxima quinta-feira, 9, todas as turmas voltam ao funcionamento regular, nos turnos da manhã e da tarde. Durante a semana de acolhimento, os alunos participam de atividades de reflexão e integração, conduzidas por professores, psicólogos e assistentes sociais. O objetivo, segundo a pasta, é “oferecer apoio emocional e fortalecer um ambiente de proteção e cuidado”.
Para garantir a tranquilidade da comunidade escolar, a escola contará com a atuação integrada do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac), da PM, e da Guarda Municipal de Sobral. As equipes farão policiamento ostensivo e visitas periódicas ao colégio.
Após o episódio, outras instituições de ensino da cidade também começaram a adotar novos protocolos de segurança, como reconhecimento facial e botão do pânico.
Um dos exemplos é a Escola Municipal José Parente Prado, que iniciou na última sexta-feira, 3, um projeto piloto com tecnologia de biometria facial e um sistema de alerta emergencial. A unidade atende 907 alunos do 3º ao 9º ano do ensino fundamental.
O sistema de reconhecimento facial permite identificar o aluno na entrada da escola e enviar automaticamente uma mensagem aos pais, informando se o filho chegou à instituição. O registro também é usado para controle de frequência e busca ativa de estudantes ausentes.
Além disso, a escola instalou um botão do pânico no setor administrativo, que pode ser acionado por qualquer funcionário em situações de risco. O alerta é enviado imediatamente para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) e para autoridades municipais, permitindo uma resposta rápida das forças de segurança.