Após anos de luta solitária de protetores independentes, o Distrito Federal começa a escrever um novo capítulo na política de proteção animal no Brasil. O governo do DF anunciou a criação do chamado Cartão Ração, uma medida concreta que reconhece, apoia e fortalece o trabalho de quem, por muito tempo, sustentou essa causa quase exclusivamente com recursos próprios.
Na prática, o Cartão Ração garante auxílio direto para a compra de alimentos destinados a animais resgatados, atendidos por protetores cadastrados. A iniciativa representa mais do que um benefício financeiro: é o reconhecimento oficial de que o poder público precisa caminhar junto com quem está na linha de frente do cuidado animal.
Por anos, protetores e protetoras enfrentaram abandono, superlotação, falta de apoio e custos elevados para garantir o mínimo de dignidade a cães e gatos em situação de vulnerabilidade. Agora, o DF sinaliza uma mudança de postura, assumindo corresponsabilidade por uma causa que é social, sanitária e humanitária.
A medida surge como exemplo para todo o país, especialmente para estados como o Ceará, onde a atuação de protetores independentes também é fundamental, mas ainda carece de políticas públicas estruturadas e permanentes. O Cartão Ração mostra que é possível criar mecanismos simples, transparentes e eficazes para apoiar quem já faz esse trabalho diariamente.
Além de aliviar os custos enfrentados pelos protetores, a iniciativa contribui para a redução do abandono, melhora as condições de bem-estar animal e reforça a importância de políticas preventivas, em vez de ações apenas emergenciais.




