Em portarias publicadas na última segunda-feira, 22, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD) prorrogou o afastamento de 15 policiais militares envolvidos na “Tragédia em Milagres”. A validade das medidas da CGD vão até 18 de agosto.
O caso em Milagres ocorreu na madrugada de 7 de dezembro de 2018 e resultou na morte de 14 pessoas. Dessas, 8 eram suspeitas de assaltos a bancos e seis eram reféns. Os PMs afastados são acusados de efetuar os disparos que mataram tanto os suspeitos como as famílias mantidas reféns.
A decisão de prorrogar o afastamento, segundo a CGD, é referente ao dia 21 de abril deste ano. Os PMs afetados pela medida têm patentes de soldado, cabo, capitão, 1º sargento e 2º sargente.
A Controladoria destaca que, mesmo um ano e meio após os crimes, os afastamentos são necessários para garantir a instrução do processo administrativo disciplinar e resguardar o comprometimento dos depoimentos. A CGD diz não ser possível admitir possibilidade de alguma testemunha ser influenciada pelos militares envolvidos.
Dos seis reféns mortos, cinco eram da mesma família. Eles foram abordados pelos suspeitos quando voltavam do Aeroporto de Juazeiro do Norte e seguiam pela BR-116 para Serra Talhada, em Pernambuco.
Repórter Ceará (Foto: SVM)