Há um bom tempo, a Terra do Conselheiro vem sofrendo problemas e empurrando-os com a ‘barriga’ como se fosse natural, para qualquer cidade, manter a desordem, mesmo que seja em grau mínimo. Obviamente que sempre existirão problemas a serem resolvidos, mas permanecer com eles por meses ou anos, é impedir o crescimento do município, não somente em estrutura, mas em valor e em educação e consciência da população.
O que falta em Quixeramobim é o diálogo, a fiscalização e o entendimento, seja mútuo ou não. Não adianta, por exemplo, cobrar de um comerciante que retire suas cadeiras da calçada, se a medida valerá somente para ele, enquanto outros que fazem o mesmo não são penalizados. Prejudicar um e tentar encobrir os demais é uma atitude hipócrita. É preciso aplicar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano desta cidade – se ainda possuir -, conversar com os comerciantes para chegar a um denominador comum e, após isso, fiscalizar.
Fato é que boa parte dos problemas dos quixeramobinenses seriam resolvidos com uma simples fiscalização. Não seria necessário mudar orientação de tráfego de veículos em determinada rua, nem acumular reclamações acerca de construções que usam e abusam do espaço construído e do alheio. Infelizmente, em Quixeramobim, se constrói uma casa na calçada vizinha e não se pede, sequer, licença.
Estes são alguns exemplos genéricos que, caso a cidade seja observada, serão vistos de forma cristalina pela população. Há muitos outros, mas a lição que fica é: cuidar do município, de sua organização, fiscalizar e dialogar com a população é o caminho para criar qualquer cidade ideal para convívio humano, seja se inspirando em modelos de municípios de sucesso arquitetônico e logístico ou com ideias novas. Acima de tudo, pau que bate em João, também bate em Francisco, e pintar uma cidade bonita para os que estão fora dela não a torna melhor para aqueles que vivem e sobrevivem nela diariamente.
1 Minuto com Sérgio Machado