O ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes tomará posse nesta quarta-feira, 22, um mês após ter sido aprovado pelo Senado, para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para a cerimônia de posse estão previstas as presenças de alguns políticos que se tornaram alvos dos pedidos de inquérito, entre os quais os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O Palácio do Planalto ainda não confirma oficialmente, mas o presidente Michel Temer também deverá estar presente.
Moraes tomará posse em meio a um momento de suspense no mundo político. Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF 83 pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos citados nas delações de ex-executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.
A série de pedidos da PGR, conhecida como a “nova lista de Janot”, deverá ser encaminhada ao gabinete do relator da Lava Jato, Edson Fachin, nesta segunda, 20. Após receber o material, Fachin avaliará se autoriza as investigações. Caberá ao relator também analisar se derruba o sigilo dos documentos e das gravações relacionados às delações da Odebrecht.
Indicado
Moraes foi indicado pelo presidente Temer em 6 de fevereiro, quando ainda comandava o Ministério da Justiça e enfrentava uma grave crise na segurança pública do país, com massacres, rebeliões e fugas em presídios de diversos estados. Formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), o novo ministro do STF herdará de Teori Zavascki cerca de 7,5 mil processos. Alexandre de Moraes, no entanto, não ficará com a relatoria da Lava Jato, repassada por sorteio para Edson Fachin.
Repórter Ceará