O açude Tijuquinha, em Baturité, sangrou no último dia 15 de março, segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Neste dia a barragem atingiu sua capacidade máxima (881.000 m³). Porém, dois dias depois, ele secou, o que gerou reclamação dos moradores do entorno do açude.
Segundo o morador Halan, a população está estarrecida e sem entender como o açude secou tão rapidamente e de forma misteriosa. “Está todo mundo aqui sem entender. Como um açude mesmo sendo pequeno pode secar tão rápido? Nunca tinha visto algo parecido […] O povo está revoltado e sem entender o que aconteceu”, disse.
A Cogerh explica que a prefeitura solicitou o desassoreamento do açude, que, segundo o órgão, só poderia ser feito liberando pela descarga de fundo que já existe, para tentar melhorar a qualidade de água e retirada de lama o máximo possível.
Em nota, a Companhia afirmou que devido o Tijuquinha ser localizado na serra, ele tem um assoreamento muito intenso, o que ocupa parte do volume do reservatório, e reforçou que, o procedimento foi executado porque é certo que ele terá recarga, pois todos os anos o açude sangra, independente da estação chuvosa.
A água do açude, após feito o desassoreamento, desce no Rio Tijuquinha até se encontrar com o rio Aracoiaba e os segmentos vão decantando a medida que vão descendo no fluxo do rio até chegar no açude Aracoiaba.
Repórter Ceará
