Há 133 anos, o Ceará dava seu primeiro respiro de liberdade, onde todos teriam o direito de andar sem correntes e sem distinção de uma pessoa descalça para uma com sapato. Hoje, o Estado festeja o momento em que as correntes da escravatura caíram no chão e abolição foi assinada.
Em 25 de março de 1884, o Ceará se tornava o primeiro Estado brasileiro a abolir a escravidão, 4 anos antes da Lei Áurea (13 de maio de 1888). As nomeações “Terra da Luz” e “berço da liberdade” fazem referência ao ato. Não é à toa que o Palácio do Governo é denominado “Palácio da Abolição”. O momento não representa somente um ato político, mas um marco histórico, social e cultural.
Um momento importante que contribuiu para o processo de abolição ser concretizado, foi a ação dos jangadeiros que, liderados por Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar, se recusavam a fazer o transporte de escravos, fechando o porto de Fortaleza.
A Emenda Constitucional que instituiu o feriado da Data Magna do Ceará, de autoria do deputado Lula Morais, foi aprovada pela Assembleia Legislativa em 1º de dezembro de 2011, sendo promulgada e publicada no Diário Oficial do Estado em 6 de dezembro de 2011.
Com tudo isso, a data é um momento de reflexão, pois apesar de todas as Leis que visam ressarcir essa dívida histórica, a sociedade ainda possui muitos preconceitos e obstáculos que precisam ser superados. Porém, também é um dia de orgulho, pois, como diria Fagner: “Porque eu sou cearense, porque sou brasileiro/ Sou apaixonado pelo meu lugar/ Eu trago no peito um amor verdadeiro/ Eu sou da Terra da Luz, eu sou do Ceará!”.
Repórter Ceará