Sozinhos ou em grupos, eles estão espalhados por todos os bairros da cidade, vagando noite e dia em busca de água, comida, cuidado e proteção. São os cães sem donos, que ano após ano se reproduzem e se multiplicam, ocupando cada vez mais espaço em quase todas as vias das cidades brasileiras.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil conta com mais de 30 milhões de animais abandonados. E é nas cidades do interior que a situação é ainda mais grave, onde 25% dos animais vivem em situação de rua.
Contudo, o problema não é somente o número de cães, mas também a presença desses cães no espaço urbano. Isso porque esses animais, na maioria das vezes, estão enfermos e, acabam transmitindo inúmeras doenças para os seres humanos, além de aumentarem potencialmente o risco de acidentes de trânsito.
Uma das soluções para esse problema seria realizar, pelo menos a cada dois meses, campanhas de castração e vacinação de animais de rua. Nesse sentido, as prefeituras poderiam viabilizar essas campanhas por meio de parcerias com veterinários, de modo a evitar a proliferação de doenças, bem como a reprodução descontrolada.
Outra alternativa, que é bem mais custosa, mas que vem sendo adotada em algumas cidades brasileiras, é a criação de um centro que pudesse recolher esses animais, oferecendo alimentação e os cuidados necessários a cada um deles.
Mas seja qual for a solução adotada, é imprescindível que os governos municipais se posicionem diante desse problema antes que ele assuma uma proporção ainda maior e passe a gerar cada vez mais custos à máquina pública.
Repórter Ceará