É uma narrativa poética da vida de Antônio Conselheiro, centrada na singularidade de uma história de vida ao invés dos clássicos referenciais da guerra. Essa é a proposta de leitura do livro ‘Antonino Peregrino – Uma História de Antônio Conselheiro’, escrito por Osvaldo Costa Martins.
Com ilustrações de Luciene Lobo, a Luci Sacoleira, a proposta estética da obra é uma comunicação artística que fala às crianças que são hoje, que fomos e continuamos sendo, ou seja, uma interlocução com todos, independente da faixa etária, mas, principalmente, com o público infanto-juvenil.
O projeto de contar a vida de Antônio Vicente Mendes Maciel de uma maneira diferente “é fruto de muitos desejos que nos deram chão nessa vida”, conforme o relato do próprio escritor. De acordo com Osvaldo, o coordenador da iniciativa, Weynes Matos, foi quem sugeriu a publicação da obra em um edital da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) que promovia livros paradidáticos.
“O livro foi premiado no edital e foi isso que viabilizou, em um primeiro momento, a edição. O resultado nos agradou tanto que decidimos, então, custear novas impressões para fazer a obra circular com maior alcance”, conta o escritor, citando também que a obra já está sendo utilizada por escolas públicas do município de Quixeramobim, onde nasceu Antônio Conselheiro.
A obra será lançada, oficialmente, no dia 09 de maio, quinta-feira, em Fortaleza, em evento previsto para as 19 horas e será realizado na Galeria Sem Título Arte, na Rua João Carvalho, 66, Bairro Aldeota. Em Quixeramobim, o livro poderá ser lançado no mês de julho, mas ainda sem data confirmada.
Osvaldo ainda falou sobre o impacto do livro: “É a possibilidade de, em um momento tão difícil do Brasil, a nossa história ser contada de uma perspectiva estética e poética, sem perder a posição ética. Além disso, dando acesso a história à população da nossa terra.”
Antonino Peregrino é uma obra onde o passado, o presente e o futuro formam um único tempo, visto que a história de Antonino, seus exílios e amores, suas perdas e conquistas, seus “nordestes e Brasis”, seguem sendo os nossos.
Repórter Ceará
